quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Aesh Baladi - Pão do Povo ou do Pobre

Já havia algum tempo que eu estava pesquisando receitas de pães árabes para fazer em casa, pois o preço do pacote de pão árabe pita está caríssimo. Essa foi a primeira experiência e resultou num tipo de pão totalmente diferente do que eu tencionava conseguir, mas fez sucesso. Explico: eu queria chegar àquele pão árabe vendido nas mercearias típicas, um pão chato, macio e flexível, sem miolo. O pão que eu fiz ficou chato, mas super crocante e sem miolo.
Meu marido me explicou que esse pão é chamado no Egito de aesh baladi e é super popular por lá e ficou exatamente como ele se lembrava.
Nem preciso dizer que não deu  tempo para fotografar. Já na  hora que estavam assando, todo mundo veio atrás do aroma de pão assado. Mal tirava uma fornada, todos já avançavam e comiam puro ou com manteiga.
Com uma parte da massa fiz um teste assando na chapa, pois uma das receitas dizia que podia ser assado na chapa ou na grelha. Ficou muito bom também, mas no forno ficava assado mais igualmente.
Hoje vi um vídeo do Mark Bittman no Paladar mostrando exatamente esse pão feito na grelha e acho que vou testar isso numa próxima oportunidade. Resolvi dividir essa receita. Eu na verdade fiz esse pão há quase 2 meses, mas como estava sem tempo e sem fotos, ficou arquivado.
Ingredientes:
2 colheres de sopa de fermento biológico seco
1 copo de água morna
1 colher de chá de sal
3 copos de farinha de trigo (no Egito eles usam farinha integral e acho que ficaria bem interessante e saudável usar metade de farinha branca e metade integral)

Para fazer é super simples:
Dissolva o fermente na água morna. Em outra vasilha, misture o sal na farinha.
Faça um buraco no meio da farinha e jogue a mistura de água e fermente. Misture bem e sove até ficar lisa e homogênea. Tem de sovar bem.
Coloque em uma vasilha coberta com pano de prato limpo e deixe fermentar por 3 horas.
Pré-aqueça o forno em temperatura quente.
Divida a massa em 6 porções, faça bolinhas e abra um disco não muito fino.
Leve para assar ou grelhar até dourar.

Um moedor para chamar de meu

Andei sumida da cozinha e do blog, but I´ll back!
Ganhei do maridoco um moedor de carne (lógico com segundas intensões de que eu faça "toda semana faláfel" [vai sonhando, jacaré!]). Não é dos mais robustos, pois eu não queria uma parafernália que nem teria onde guardar na minha pequena cozinha.

Pesquisando na Paula Souza os modelos disponíveis, foi o melhor custo-benefício dentro do que eu queria e funciona direitinho. Sim, ele é semi profissional, com um motorzinho um pouco barulhento para meu gosto, mas mói eficientemente (pelo menos o grão-de-bico e a fava). Ainda não testei com a carne propriamente dita. Quando for fazer um churrasco lá em casa, vou testar para fazer descentemente umas kaftas.

Já fiz o sonhado faláfel do marido, que logo posto por aqui e pretendo fazer muitas coisinhas com meu novo moedor. Já estou pesquisando receitinhas e tirando do armário outras que não pensava em fazer por falta do acessório. Me aguardem!